23 de março de 2012

Miss Affliction


Aflição é meu segundo nome. Isso se não for o primeiro.

Eu me aflijo por qualquer coisa e olha que de todos os maus sentimentos existentes, acho que esse é o pior. É pior que impotência, que tristeza, que ansiedade. E sabe por que? Porque é um misto bem quente de tudo isso junto. Diferente dos que curtem a tensão, meu coração só falta parar quando estou presa em alguma situação que considero arriscada.
Como agora, nesse exato momento, acho que perdi algo mega-ultra-blaster importante e tô aqui, com os nervos em frangalhos. Fui até o quarto dos meus pais e bati na porta. Com certeza atrapalhei alguma coisa (A cena da minha mãe abrindo a porta foi indescritível. Mesmo.), mas eu precisava de alguém pra se sentir justamente como eu estou me sentindo. Egoísmo? Não. É que hoje em dia tudo se compartilha, não é? Pois é. Aflição também.

Dona Maria, coitada, já levantou achando que finalmente o apocalipse zumbi começou, porque "quando a Marília bate na minha porta quase chorando e pedindo arrego é porque a coisa é séria" - palavras dela. E eu sou assim mesmo. A maioria dos meus problemas eu sei resolver sozinha e tenho muito orgulho disso, mas quando vem essa angústia, eu corro pra debaixo da saia da minha mãe ou de quem mais estiver perto.

É bom poder ter alguém pra te dizer esse clichêzão de último capítulo de novela: Tudo fica bem no final.
Enquanto mamãe gasta suas palavras tentando me apaziguar de mim mesma, meu coração continua batendo fraco. Só vou normalizar quando amanhecer e, como sempre, quando eu puder solucionar mais esse problema.

[Miss Pessimist mode on] Se é que ainda tem solução. [Miss Pessimist mode off]

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